Este blog tem como objetivo promover uma participação interativa do grupo de colegas do Curso de Mediadores de Leitura da Bibliodiversidade. Faz parte do Grupo "Colegas UAB Polo de Restinga Sêca": Andressa, Ana Lúcia, Ana Paula, Celer e Cláucia.
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Som e Imagem
http://flickr.com/photos/nanybello/3390593381
" O sol toda a manhã faz um lindo espetáculo e no entanto, a maioria da platéia ainda dorme..."
John Lennon.
" O sol toda a manhã faz um lindo espetáculo e no entanto, a maioria da platéia ainda dorme..."
John Lennon.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Para refletir...
A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
José Saramago
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
José Saramago
Um pouco de poesia...
TEM TUDO A VER
A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.
A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
- é só abrir os olhos e ver –
tem tudo a ver
com tudo.
Elias José
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/elias_jose.html
ADIVINHA DOS PEIXES
Quem tem cama no mar? O camarão.
Quem é sardenta? Adivinha. A sardinha.
Que não paga o robalo? Quem roubá-lo.
Quem é o barão no mar? O tubarão.
Gosta a lagosta do lago? Ela gosta.
Quantos pés cada pescada tem? Hem?
Quem pesca alegria? O pescador?
Quem pôs o polvo em polvorosa? A Rosa.
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/jose_paulo_paes.html
A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.
A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
- é só abrir os olhos e ver –
tem tudo a ver
com tudo.
Elias José
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/elias_jose.html
ADIVINHA DOS PEIXES
Quem tem cama no mar? O camarão.
Quem é sardenta? Adivinha. A sardinha.
Que não paga o robalo? Quem roubá-lo.
Quem é o barão no mar? O tubarão.
Gosta a lagosta do lago? Ela gosta.
Quantos pés cada pescada tem? Hem?
Quem pesca alegria? O pescador?
Quem pôs o polvo em polvorosa? A Rosa.
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/jose_paulo_paes.html
Reflexões sobre o texto: Brincando com as Palavras
MEDIADORES DE LEITURA NA BIBLIODIVERSIDADE
CURSO DE EXTENSÃO DOS POLOS UAB
PÓLO EDUCACONAL SUPERIOR DE RESTINGA SÊCA
Ana Lúcia Lima
Ana Paula Marin
Andressa Tatiele Pohlmann
Celer Teresinha dos Passos Pohlmann
Cláucia Pessoa de Abreu
Após a leitura do texto “Brincando com as Palavras” de Kelly de Souza, percebe-se que muitos aspectos em relação ao trabalho com poesia nas séries iniciais são salientados. A construção do sentido através da rima, trocadilhos, musicalidade está presente no cotidiano da criança, e o contato com a poesia muitas vezes ocorre quando a criança ainda é muito pequena. No contexto familiar, ao ninarmos nossos bebês, estamos transmitindo poesia oral a eles. Em período escolar este contato cresce, é incentivado de formas diferentes, diversificando através do lúdico, pois o tabu existente sobre o não entendimento de poesia por parte das crianças está em decadência, já que a criança não precisa entender, e sim sentir a poesia, o jogo de palavras, os sons, e soltar a imaginação.
Em relação ao texto, acredito que o uso de poesia musicada nas séries iniciais seja um excelente incentivo para as crianças, pois são de fácil acesso e entendimento, saliento o seguinte trecho: “É aquela viagem da criança, em que as imagens passam como num desenho, num sonho. O legal disso é levar às crianças um texto de alta qualidade de uma forma mais simples. Essa é a receita: a música”. A receita é fácil e de muita aceitação, encanta e fascina crianças e adultos de todas as idades.
Este texto vem complementar as várias e seguidas discussões sobre como tornar nossos alunos leitores, e a conclusão é a mesma sempre, desde pequenos precisamos incentivá-los. Trabalhar na Educação Infantil com histórias musicadas, com gestos, dramatizações, canções de roda, entonação diferenciada de voz, fantoches, dedoches, e outras atividades que chamem a atenção da criança, faz com que desperte o interesse, prazer de ouvir, e de participar.
Atualmente, nas escolas, trabalharmos música e poesia em sala de aula, novas aprendizagens estão sendo construídas, e o professor vem dando um novo olhar para a integração da música nos conteúdos, cursos de atualização estão sendo ofertados, e uma nova concepção surge. Neste novo contexto a música deixa de ser trabalhada como forma de entretenimento, sem explorar a letra, construção de sentido, compreensão, valores entre outras possibilidades que surgem.
Assim, a poesia musicada hoje é uma atividade que as crianças das séries iniciais adoram trabalhar, e vale relembrar e muitas vezes resgatar as cantigas de roda, o jogo da amarelinha, e a cantiga de versos na roda.
Nesta reconstrução a poesia é algo que foge ao jogo entendível das palavras. Nem sempre entendemos tudo o que querem dizer e, talvez ai, resida seu segredo, sem forma de certo, errado, ou formas pré-estabelecidas. É para deixar algo solto no ar, fora de ordem, de original, de criativo ao dispor as palavras e com elas brincar. Brincar com os sons, com os sentidos, com as entrelinhas, com as emoções, com as recordações, muitas vezes recorrendo aos conhecimentos prévios.
A criança, como o adulto, aprecia o lúdico, a expressão envolvente da poesia exercendo encanto e magia justamente pelo jogo de palavras, traduzindo emoção e sentimento. No mundo infantil, este jogo torna-se mais fácil, as crianças estão acostumadas a ler e ouvir histórias, favorecidos pela imaginação e construção de novos sentidos. A liberdade toma conta, e, a imaginação, constrói sentidos, torna tudo mais bonito, e a brincadeira do criar e recriar se reinventa, e a poesia torna-se realidade. Este encanto favorece a construção da aprendizagem nas séries iniciais, tudo se torna mais fácil, e o cotidiano ganha um novo brilho, o brilho da poesia.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Construção de Fantoches de Palitos - Personagem da Chapeuzinho Vermelho
Trabalho realizado pelos alunos do 4º ano da EMEF Sete de Setembro, como tema Personagens da História da Chapeuzinho Vermelho.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Atividade - Unidade 1
CURSO DE EXTENSÃO DOS POLOS UAB
PÓLO EDUCACONAL SUPERIOR DE RESTINGA SÊCA
Ana Paula Marin
Ana Lúcia Lima
Andressa Tatiele Pohlmann
Celer Teresinha dos Passos Pohlmann
Cláucia Pessoa de Abreu
Uma estirada até a cidade grande.
Era uma vez um guri que vivia a camperear pelos prados de Restinga Sêca. Adorava troperear com seu cavalo guapo por estes pagos. Mas, o guri com o passar do tempo virou um baita gaudério. Deixou a lida do campo e foi embora da querência em troca dos ditos prazeres que haviam na cidade grande, mal sabia ele como se arrependeria...
Quando o ônibus chegou à cidade tinha um mundaréu de carros de lá para cá, daqui para lá. Umas luzinhas coloridas para fazê-los parar – a tal de sinaleira. E gente, muita gente de tudo quanto é jeito e tipo. Era um entrevero só. O gaudério ficou tonto que nem cavalo bagual que quando se assusta fica sem rumo.
Então, resolveu ir tomar uma caneca de café com leite bem quente para acalmar os ânimos. Sentou num bolicho e pediu um café. O garçom então falou: O senhor deseja um pingado, um expresso, um capuccino? Qual o tipo de café? O gaudério que nunca tinha ouvido falar daquilo tudo, já meio esquentado, pensou: café pingado? Mas pingado com o quê? Será que tem um buraco na caneca? Expresso – que bicho de palavra é essa? Capuccino, então, parece palavra do estrangeiro?
Desistindo do café, o gaúcho deixou-se divagar...
Anos antes a querência era outra: as tropeadas eram feitas sem medo de saqueadores, e se um bezerro se perdia, era cravar a chilena no zaino, pois logo adiante pararia no aguado... Tempos diferentes, já que convidar uma prenda para viver acolherado não era ofensa, um gaúcho afamiliado respeitava os seus, agüentava o repuxo, mas tudo valia a pena quando boleava a perna na frente do rancho, e sua prenda, com um doce sorriso, trazia o amargo ( feito com água da cacimba que tem um gosto melhor) e um baio, já aceso....
Então, de lampejo, bateu a saudade!
- Companheiro! – disse ao garçom – Entonce isso não é lida pra mim, antes que me estique as canelas, vou atrás de tudo que deixei – e de supetão foi-se.
Era triste uma barbaridade! Um ginete sem montaria, retornando ao pago, com saudade da prenda e de seu cusco, fiel companheiro de muitas andanças.
GLOSSÁRIO:
BAGUAL – potro recém-domado, arisco, espantadiço. Pessoa grosseira.
BOLICHO - Casa de negócios de pequeno sortimento e de pouca importância. Bodega
CAMPEREAR- Trabalhar com o gado, no campo.
CHILENA- esporas com rosetas muito grandes.
RANCHO- casebe de pau-a-pique, com porta, onde moram peões ou gente pobre.
AMARGO- mate chimarrão, mate sem açucar. É a bebida usada em todo o estado do Rio Grande do Sul.
CACIMBA- fonte de água potável. Vertente.
BAIO- cigarro crioulo, feito com fumo em rama e palha de milho.
ESTIQUE AS CANELAS- morra
GINETE-pessoa que monta bem, com firmeza e com garbo.
PAGO- lugar em que se nasceu, lar.
CUSCO- cão pequeno, de raça ordinária
ENTREVERO - Mistura, desordem, confusão de pessoas, animais ou objetos.
GAUDÉRIO - Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa. Amigo de viver à custa alheia.
GUAPO – Forte, vigoroso, valente, bravo.
GURI – Criança, menino, piazinho, garoto, serviçal para trabalhos leves nas estâncias.
PAGO – sinônimos: Rincão, Querência, Lar. Lugar onde se nasceu.
PRADOS – Campo coberto de plantas forraginosas.
QUERÊNCIA - Lugar onde alguém nasceu, se criou ou se acostumou a viver, e ao qual procura voltar quando dele afastado. Lugar onde habitualmente o gado pasta ou onde foi criado.
TROPEREAR- Trabalhar como condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros – tropeiro.
AFAMILIADO- que tem familia
AGUENTAVA O REPUXO- enfrentar situação difícil.
TROPEADAS- Caminhada com a tropa.
CAFÉ EXPRESSO - Café fortemente concentrado, obtido de máquina, servido em pequena xícara.
CAFÉ PINGADO - Café com leite escuro; leva pouco leite.
CAPUCCINO - Reúne ao café expresso o leite, pouco chocolate em pó, canela e cobertura de chantilly e açúcar.
ZAINO- animal cavalar
AGUADO- lugar utilizado pelos animais para beberem água. Bebedouro.
ACOLHERADO- andar uma pessoa acolherada a outra, significa andar uma pessoa sempre junta de outra.
Fontes de pesquisa do glossário:
http://www.cobra.pages.nom.br/bmp-cafe.html
http://www.patriapampa.com/dicionario-cesarrogeires/
http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?
http://dicionario.babylon.com/troperear/#
http://www.portalgaucho.com.br/?pg=14
http://books.google.com/books?
http://www.corujando.com.br/arquivo/gauchos jabor.htm
- Dicionário de Regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno e Rui Cardoso Nunes.
Considerações:
Esta breve história imaginada por nós, colegas no curso de Mediadores, fez-nos refletir sobre nossa cultura, transmitida de geração em geração. Somente sendo gaúcho para entender o tamanho de nosso amor pelo pago.
Nosso ilustre Arnaldo Jabour, nos brinda com a crônica “Os Gaúchos", disponível em: http://www.corujando.com.br/arquivo/gauchos_jabor.htm
por Arnaldo Jabor
O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.
Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.
Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"
Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.
Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais.
Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: "E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão." (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).
Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.
Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!!rss) Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?
Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá.
Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Não Deixe de Sonhar - Chimarruts
Não Deixe de Sonhar
Chimarruts
Se alguém te encontrar e perguntar por mim,
Pode dizer que eu vim pra falar
O que ninguém mais fala,
E não quer acreditar...
Quando ouvir alguém dizer que já não sonha mais,
É bom saber que é capaz de morrer,
Quem não tem esperança,
Que não faz nada nascer ..
Preste atenção,
Não abra mão dos próprios sonhos...
Não tem perdão,
Não deixe de sonhar,
Não deixe de sorrir,
Pois não vai encontrar
Quem vá sorrir por ti ..
Se alguém te encontrar e perguntar por mim,
Pode dizer que eu vim pra falar
O que ninguém mais fala,
E não quer acreditar...
Quando ouvir alguém dizer que já não sonha
mais,
É bom saber na paz que é capaz de morrer,
Quem não tem esperança,
Não quer fazer nascer ..
Preste atenção,
Não abra mão dos próprios sonhos...
Não tem perdão, não...
Não deixe de sonhar,
Não deixe de sorrir,
Pois não vai encontrar
Quem vá sorrir por ti ..
FONTE: http://letras.terra.com.br/chimarruts/1100739/
Comentário do grupo:
Como educadoras achamos importante alimentar sonhos em nossas crianças e, a leitura é um caminho que mostra a possibilidade dessa construção, pois nesse caminho podemos dar asas a imaginação.
A letra da música enfatiza a necessidade de sonharmos, sorrirmos e termos esperança e, que somos capazes de realizar esses sonhos, portanto, se abrirmos mão não teremos quem faça por nós. Todas essas ações nos remetem ao prazer de ler porque encontramos na leitura sonhos, sorrisos, esperança e senão lermos, quem vai ler por nós?
sábado, 6 de novembro de 2010
Para refletir...
Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto.
É como se abrisse o mesmo livro.
Numa página nova.
Mário Quintana
É como se abrisse o mesmo livro.
Numa página nova.
Mário Quintana
Histórico
Mauricio de Sousa nasceu no Brasil, numa pequena cidade do estado de São Paulo, chamada Santa Isabel. Foi em outubro de 1935.
Seu pai era o poeta e barbeiro Antônio Mauricio de Sousa. A mãe, Petronilha Araújo de Sousa, poetisa. Além de Mauricio, o casal teve mais três filhos: Mariza (já falecida), Maura e Marcio.Com poucos meses, Mauricio foi levado pela família para a vizinha cidade de Mogi das Cruzes, onde passou parte da infância. Outra parte foi vivida em São Paulo , onde seu pai trabalhou em estações de rádio algumas vezes.
Suas primeiras aulas foram no externato São Franciso, ao lado da Faculdade, no centro de São Paulo. Mas depois continuou os estudos no primário e no ginásio, dividindo-se entre as duas cidades.
Enquanto estudava, trabalhou em rádio, no interior, onde também ensaiou números de canto e dança.
E, para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e pôsteres.
Mas seu sonho era se dedicar ao desenho profissionalmente.
Chegou a fazer ilustrações para os jornais de Mogi. Mas queria desenvolver técnica e arte. Para isso, precisava procurar os grandes centros, onde editoras e jornais pudessem se interessar pelo seu trabalho.
Pegou amostras do que já tinha feito e publicado e dirigiu-se para São Paulo em busca de emprego. Não conseguiu. Mas havia uma vaga de repórter policial no jornal Folha da Manhã. E Mauricio fez um teste para ocupar a vaga. E passou.
Ficou 5 anos escrevendo reportagens policiais. Mas chegou um tempo em que tinha que decidir entre a polícia e a arte. Ficou com a velha paixão.
Criou uma série de tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono Bidu e Franjinha e ofereceu o material para os redatores da Folha. As historietas foram aceitas, o jornalismo perdeu um repórter policial e ganhou um desenhista.
Essa passagem deu-se em 1959.
Nos anos seguintes, Mauricio criaria outras tiras de jornal Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho e páginas tipo tablóide para publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de publicações durante 10 anos.
Para a distribuição desse material, Mauricio criou um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma década.
Daí chegou o tempo das revistas de banca. Foi em 1970, quando Mônica foi lançada já com tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, dois anos depois, pela revista Cebolinha e nos anos seguintes pelas publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outras.
Durante esses anos todos, Mauricio desenvolveu um sistema de trabalho em equipe que possibilitou, também, sua entrada no licenciamento de produtos.
Seus trabalhos começaram a ser conhecidos no exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Mônica.
Mas chegou a década de 80 e a invasão dos desenhos animados japoneses.
Mauricio ainda não tinha desenhos para televisão. E perdeu mercados.
Resolveu enfrentar o desafio e abriu um estúdio de animação a Black & White com mais de 70 artistas realizando 8 longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades políticas e econômicas do país. A inflação impedia projetos a longo prazo (como têm que ser as produções de filmes sofisticados como as animações), a bilheteria sem controle dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de reserva de mercado da informática, que nos impedia o acesso à tecnologia de ponta necessária para a animação moderna.
Mauricio, então, parou com o desenho animado e concentrou-se somente nas histórias em quadrinhos e seu merchandising, até que a situação se normalizasse. O que está ocorrendo agora.
Conseqüentemente, voltam os planos de animação e outros projetos.
E dentre esses projetos, após a criação do primeiro parque temático (o Parque da Mônica, no Shopping Eldorado, em São Paulo , seguido do Parque da Mônica do Rio de Janeiro) Mauricio prevê a construção de outros, inclusive no exterior.
As revistas vendem-se aos milhões, o licenciamento é o mais poderoso do país e os estúdios se preparam para trabalhar com a televisão.
A par de um projeto educacional ambicioso, onde pretende-se levar a alfabetização para mais de 10 milhões de crianças.
FONTE: Portal da Turma da Mônica.
CRÔNICA
Navegando nas letras
Aprendi a ler numa cartilha diferente.
Chamava-se "O Globo Juvenil".
Era um jornalzinho, tamanho tablóide (meia folha de jornal comum), que publicava as mais conhecidas histórias em quadrinhos norte-americanas.
Saía três vezes por semana e era disputado no tapa, pela garotada da época, nas poucas bancas de jornal que havia.
Foi publicado, com maior sucesso, no início dos anos 40, quando eu abria os olhos para as histórias em quadrinhos e para os fascinantes personagens que me desvendavam outros mundos.
Lembro-me, particularmente, das grandes páginas coloridas do Mandrake às voltas com cruéis amazonas.
Sentado no chão, com o Globo Juvenil aberto para facilitar a visualização, ia perguntando para a minha mãe o som das letras e das sílabas. Ela, pacientemente, ia me passando.
Minha curiosidade era tanta que, em poucos dias, (mesmo com dificuldade), já lia sozinho.
Lia, mas não escrevia, ainda.
E, no meio disso tudo, havia um número incrível de palavras que eu lia (com o som da escrita), mas não entendia o significado.
E lá vinha minha mãe, de novo, para me socorrer.
Às vezes, meu pai.
E com essa escalada, fui topando com as engraçadas histórias do L’il Abner (depois Ferdinando); Jim das Selvas, criado pelo genial Alex Raymond, que também revolucionara os quadrinhos com seu antológico Flash Gordon; em páginas duplas centrais vinha a saga do Príncipe Valente, nas ilustrações impecáveis e superpesquisadas do artista Hal Foster; algumas páginas de Disney; as viagens no tempo do Brick Bradford; o Tarzan barroco de Burne Hogarth; o Super-Homem dos primeiros tempos; o Espírito (em tiras) do mestre Will Eisner; histórias de guerra; um mundo de ações e emoções, transmitido pelos maiores desenhistas de quadrinhos da época.
Era minha Internet, por onde eu navegava sem medo nem destino, ao sabor da curiosidade e da fantasia. Os olhos eram o "mouse" e as letrinhas recém assimiladas eram os ícones que me levavam aos programas desejados. E não faltava a interação: eu saía dessas leituras me fingindo de cavaleiro andante (montado num cabo de vassoura) ou imitando vôos, com uma capa/toalha amarrada no pescoço.
Mas o melhor dessa viagem foi a "quebra do código" das letras. Depois que aprendi as senhas para entrar em qualquer sentença, não havia mais fronteiras nem barreiras para meu conhecimento. Só o limite físico do tempo, que eu tentava transpor lendo, lendo, lendo. Primeiro nos quadrinhos, depois nos livros, depois nas revistas e hoje nos "sites" dos computadores.
E vou navegando.
Sempre há tudo para se aprender.
24.09.1996
http://www.monica.com.br/index.htm
Aprendi a ler numa cartilha diferente.
Chamava-se "O Globo Juvenil".
Era um jornalzinho, tamanho tablóide (meia folha de jornal comum), que publicava as mais conhecidas histórias em quadrinhos norte-americanas.
Saía três vezes por semana e era disputado no tapa, pela garotada da época, nas poucas bancas de jornal que havia.
Foi publicado, com maior sucesso, no início dos anos 40, quando eu abria os olhos para as histórias em quadrinhos e para os fascinantes personagens que me desvendavam outros mundos.
Lembro-me, particularmente, das grandes páginas coloridas do Mandrake às voltas com cruéis amazonas.
Sentado no chão, com o Globo Juvenil aberto para facilitar a visualização, ia perguntando para a minha mãe o som das letras e das sílabas. Ela, pacientemente, ia me passando.
Minha curiosidade era tanta que, em poucos dias, (mesmo com dificuldade), já lia sozinho.
Lia, mas não escrevia, ainda.
E, no meio disso tudo, havia um número incrível de palavras que eu lia (com o som da escrita), mas não entendia o significado.
E lá vinha minha mãe, de novo, para me socorrer.
Às vezes, meu pai.
E com essa escalada, fui topando com as engraçadas histórias do L’il Abner (depois Ferdinando); Jim das Selvas, criado pelo genial Alex Raymond, que também revolucionara os quadrinhos com seu antológico Flash Gordon; em páginas duplas centrais vinha a saga do Príncipe Valente, nas ilustrações impecáveis e superpesquisadas do artista Hal Foster; algumas páginas de Disney; as viagens no tempo do Brick Bradford; o Tarzan barroco de Burne Hogarth; o Super-Homem dos primeiros tempos; o Espírito (em tiras) do mestre Will Eisner; histórias de guerra; um mundo de ações e emoções, transmitido pelos maiores desenhistas de quadrinhos da época.
Era minha Internet, por onde eu navegava sem medo nem destino, ao sabor da curiosidade e da fantasia. Os olhos eram o "mouse" e as letrinhas recém assimiladas eram os ícones que me levavam aos programas desejados. E não faltava a interação: eu saía dessas leituras me fingindo de cavaleiro andante (montado num cabo de vassoura) ou imitando vôos, com uma capa/toalha amarrada no pescoço.
Mas o melhor dessa viagem foi a "quebra do código" das letras. Depois que aprendi as senhas para entrar em qualquer sentença, não havia mais fronteiras nem barreiras para meu conhecimento. Só o limite físico do tempo, que eu tentava transpor lendo, lendo, lendo. Primeiro nos quadrinhos, depois nos livros, depois nas revistas e hoje nos "sites" dos computadores.
E vou navegando.
Sempre há tudo para se aprender.
24.09.1996
http://www.monica.com.br/index.htm
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)